Nanotecnologia magnética revoluciona descongelamento de órgãos para transplantes e salva mais vidas
São PauloPesquisadores estão desenvolvendo um novo método para melhorar a preservação e o transporte de órgãos vitais para transplantes, o que pode ajudar a salvar mais vidas ao combater a escassez de órgãos. A criopreservação, combinada com o reaquecimento usando nanopartículas magnéticas, demonstra grande potencial. Esse método utiliza campos magnéticos e nanopartículas para tornar o processo de descongelamento de tecidos congelados mais controlado e seguro.
Nanopartículas magnéticas aquecem rapidamente quando expostas a campos magnéticos oscilantes. Esse aquecimento rápido e uniforme impede a formação de cristais de gelo, protegendo assim os tecidos. Aqui estão os pontos principais.
- Nanopartículas Magnéticas: Minúsculas partículas que respondem a campos magnéticos.
- Campos Magnéticos Alternados: Criam aquecimento rápido e uniforme.
- Agentes Crioprotetores: Substâncias que protegem os tecidos contra cristais de gelo.
- Campo Magnético Horizontal Estático: Realinha nanopartículas para controlar o aquecimento.
O processo começa com a colocação de células ou tecidos em uma solução que contém partículas magnéticas e uma substância para protegê-los contra danos causados pelo congelamento. Em seguida, são rapidamente congelados usando nitrogênio líquido. Depois disso, um campo magnético alternado é utilizado para aquecê-los rapidamente. Uma importante melhoria neste método é o uso de um campo magnético secundário para alinhar as partículas. Esta etapa ajuda a distribuir o calor de maneira uniforme, reduzindo as chances de superaquecimento e os efeitos nocivos da substância protetora.
Controlar a forma como aquecemos órgãos tem muitos benefícios. Atualmente, o transporte de órgãos envolve mantê-los frios, mas eles podem ser danificados se demorarem muito para serem movidos. Congelar órgãos poderia permitir mantê-los em boas condições por muito mais tempo. Se conseguirmos descongelar esses órgãos congelados de maneira rápida e segura, eles poderiam ser armazenados por períodos mais longos. Isso ajudaria mais pacientes a receberem os transplantes de que precisam, especialmente quando encontrar um doador compatível é difícil.
Essa tecnologia pode resolver problemas logísticos e também tornar os métodos de preservação de órgãos mais consistentes, resultando em melhores resultados para transplantes. Os órgãos estariam prontos e armazenados mais cedo, tornando os transplantes mais rápidos e confiáveis.
A equipe de pesquisa agradece o apoio da Fundação Nacional de Ciência dos EUA e reforça a necessidade de financiamento contínuo. À medida que a tecnologia avança de experimentos em animais para testes em humanos, assinala um grande progresso em criopreservação e medicina de transplantes.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1021/acs.nanolett.4c03081e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Sangmo Liu, Zonghu Han, Zuyang Ye, Minhan Jiang, Michael L. Etheridge, John C. Bischof, Yadong Yin. Magnetic-Nanorod-Mediated Nanowarming with Uniform and Rate-Regulated Heating. Nano Letters, 2024; DOI: 10.1021/acs.nanolett.4c03081Compartilhar este artigo