Curativo elétrico inovador acelera cicatrização e melhora vidas, revela novo estudo

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Por Ana Silva
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Curativo elétrico em uma ferida em cicatrização de perto.

São PauloUma nova bandagem elétrica foi desenvolvida e ajuda a cicatrizar feridas crônicas 30% mais rápido do que as bandagens comuns. Feridas crônicas, especialmente em pessoas com diabetes, cicatrizam lentamente e podem causar problemas graves, como amputações ou até mesmo a morte.

Este novo curativo elétrico é crucial por diversos motivos.

  • A tecnologia é muito mais barata do que as opções atuais, custando apenas alguns reais por curativo.
  • É fácil de usar, projetada para aplicação em casa.
  • Foi testada com sucesso em modelos animais, mostrando fechamento mais rápido da ferida e redução da inflamação.

Novo curativo à base de água acelera cicatrização de feridas

O novo curativo, chamado de curativo à base de água e sem eletrônicos (CABASE), possui eletrodos que geram um campo elétrico quando são alimentados por uma pequena bateria. Ele é projetado para se adaptar a feridas profundas e de formatos irregulares, garantindo que o campo elétrico alcance a área lesionada adequadamente, acelerando assim o processo de cicatrização.

A simplicidade e o baixo custo desses tratamentos permitem que mais pacientes recebam a ajuda necessária. Isso pode melhorar significativamente a vida de muitas pessoas, especialmente aquelas com diabetes que sofrem de úlceras nos pés e outras feridas crônicas. Ao contrário dos tratamentos caros que precisam ser realizados em clínicas, esses curativos podem ser facilmente usados em casa. Essa facilidade de uso aumenta a probabilidade de os pacientes seguirem seus planos de tratamento, o que é crucial para a cura adequada.

Os WPEDs aceleram a cicatrização das feridas, promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos e diminuem a inflamação. Dessa forma, a bandagem não só cobre a ferida, mas também melhora os fatores que contribuem para feridas crônicas.

Pesquisadores planejam aprimorar o campo elétrico e ampliar sua duração, o que pode aumentar a eficácia dos curativos. Mais testes ajudarão a aproximar essa inovação de seu uso em situações médicas reais. Este avanço demonstra como a combinação da biotecnologia com a engenharia pode resolver problemas médicos significativos.

A Universidade Estadual da Carolina do Norte e a Universidade Columbia, juntamente com outras instituições, estão colaborando em um projeto de pesquisa. Este projeto é financiado pela DARPA e pela Fundação Nacional de Ciências. O objetivo é melhorar o sistema de saúde utilizando novas tecnologias.

Este curativo elétrico representa um avanço promissor para o tratamento de feridas crônicas de forma mais simples, eficaz e acessível. Com os desafios atuais no cuidado de feridas, essa inovação pode trazer grandes benefícios para a saúde pública, especialmente para pacientes diabéticos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1126/sciadv.ado7538

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Rajaram Kaveti, Margaret A. Jakus, Henry Chen, Bhavya Jain, Darragh G. Kennedy, Elizabeth A. Caso, Navya Mishra, Nivesh Sharma, Baha Erim Uzunoğlu, Won Bae Han, Tae-Min Jang, Suk-Won Hwang, Georgios Theocharidis, Brandon J. Sumpio, Aristidis Veves, Samuel K. Sia, Amay J. Bandodkar. Water-powered, electronics-free dressings that electrically stimulate wounds for rapid wound closure. Science Advances, 2024; 10 (32) DOI: 10.1126/sciadv.ado7538
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