Greve geral em Israel: crise de reféns gera paralisações esparsas
São PauloO maior sindicato de Israel, a Histadrut, anunciou uma greve geral na segunda-feira. Esta foi a primeira grande manifestação trabalhista desde o início do conflito. O objetivo da greve era paralisar ou prejudicar setores importantes da economia israelense, impactando diversas áreas.
- Setor bancário
- Setor de saúde
- Transporte, especialmente o principal aeroporto do país, Ben-Gurion International
- Serviços municipais na região central de Israel
Voos no Aeroporto Internacional Ben-Gurion foram interrompidos das 8h às 10h, resultando em partidas antecipadas e pequenos atrasos. Chegadas não foram afetadas. A greve impactou diferentes regiões do país de forma variável; algumas cidades participaram mais ativamente que outras. Por exemplo, Tel Aviv teve horário escolar reduzido e creches fechadas, enquanto Jerusalém não aderiu à greve.
A greve geral ocorreu em meio ao aumento da pressão sobre o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para libertar cerca de 100 reféns capturados pelo Hamas em Gaza. No domingo, muitas pessoas participaram de protestos, com organizadores estimando a presença de até 500 mil manifestantes em todo o país. Os manifestantes exigiam um acordo para liberar os reféns, mesmo que isso implicasse deixar Gaza e permitir que o Hamas permanecesse.
O governo israelense se posicionou contra a greve, alegando que ela tinha fins políticos. Chegaram a tentar barrá-la recorrendo ao tribunal trabalhista. As notícias israelenses mostraram que a opinião pública estava dividida—alguns defendem a remoção completa do Hamas, enquanto outros se preocupam mais com o retorno seguro dos reféns.
Crise de Reféns: Netanyahu Culpa Hamas por Mortes e Promete Reação
A crise de reféns gerou grande polêmica. Recentemente, Netanyahu afirmou que o Hamas é responsável pela morte de seis reféns que foram assassinados antes de uma tentativa de resgate israelense. Ele prometeu derrotar completamente o Hamas, acusando o grupo de impedir as negociações. Por outro lado, o Hamas culpou Israel e os EUA, alegando que os atrasos ocorreram devido a novas exigências, incluindo a intenção de Israel de manter o controle sobre áreas importantes de Gaza.
Hamas propôs libertar os reféns se a guerra cessar, Israel retirar suas tropas de Gaza e libertar os prisioneiros palestinos, incluindo nomes conhecidos. Entre os reféns está o israelense-americano Hersh Goldberg-Polin, cuja captura provocou protestos e ações de apoio ao redor do mundo.
A greve e os protestos destacam a situação delicada em Israel. O país está tentando equilibrar objetivos militares e questões de direitos humanos, sem uma solução evidente à vista.
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