Riscos de câncer aumentam ligeiramente em pessoas com esclerose múltipla

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Por Ana Silva
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Fio de DNA com destaque nas seções afetadas.

São PauloEstudo Sugere Maior Risco de Câncer em Pacientes com Esclerose Múltipla

Um estudo recente apontou que pessoas com esclerose múltipla (EM) podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver certos tipos de câncer em comparação àquelas sem a condição. Pesquisadores analisaram dados do sistema de saúde francês para investigar essa possível ligação. A EM afeta o sistema imunológico e causa diversos problemas de saúde além de seu impacto principal no sistema nervoso. Na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca a camada protetora em torno dos nervos, chamada mielina, resultando em várias complicações. Este estudo ressalta possíveis conexões entre esclerose múltipla e câncer.

A pesquisa revela resultados significativos sobre os riscos de câncer em pessoas com esclerose múltipla.

Riscos Potenciais de Diferentes Tipos de Câncer

  • Chance de desenvolver qualquer tipo de câncer aumenta em 6%
  • Risco de câncer de bexiga cresce em 71%
  • Probabilidade de câncer cerebral sobe em 68%
  • Risco de câncer cervical aumenta em 24%
  • 20% menos risco de câncer de próstata
  • 10% menor risco de câncer colorretal
  • 9% de redução no risco de câncer de mama

Pacientes com esclerose múltipla (EM) frequentemente enfrentam um risco maior de desenvolver cânceres de bexiga e cérebro. Isso pode ocorrer porque eles realizam exames médicos regulares e ressonâncias magnéticas, o que possibilita a detecção precoce desses cânceres. Além disso, alguns fatores de estilo de vida associados à EM, como o uso de medicamentos que suprimem o sistema imunológico e infecções frequentes, podem aumentar o risco de cânceres de bexiga e colo do útero.

Estudo indica que indivíduos com esclerose múltipla (EM) podem ter um menor risco de desenvolver cânceres de próstata, colorretal e de mama. Isso pode ocorrer porque pessoas mais velhas com EM geralmente não realizam exames de detecção de câncer. À medida que os sintomas da EM se agravam, elas podem se sentir menos dispostas a participar de rastreamentos de câncer, o que poderia explicar esse padrão.

O estudo oferece informações valiosas, mas também aponta algumas limitações. Fatores como estilo de vida, educação e renda não foram considerados, pois esses dados estão ausentes no banco de dados nacional. Mais pesquisas são necessárias para compreender melhor essas relações. Ter um entendimento mais profundo desses vínculos pode ajudar os profissionais de saúde a avaliar e gerenciar os riscos de câncer em pessoas com esclerose múltipla (EM). Medidas para reduzir esses riscos podem incluir programas especiais de rastreamento e ações preventivas. Os resultados destacam a importância do cuidado personalizado para indivíduos com EM.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000209885

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Chloe Pierret, Aurelien Mulliez, Christine Le Bihan-Benjamin, Xavier Moisset, Philippe-Jean Bousquet, Emmanuelle Leray. Cancer Risk Among Patients With Multiple Sclerosis. Neurology, 2024; 103 (9) DOI: 10.1212/WNL.0000000000209885
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