China revisa crescimento econômico em 2023, apesar de desafios futuros

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Por João Silva
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Gráfico mostrando o crescimento do PIB da China e tendências do setor imobiliário.

São PauloChina ajustou sua previsão de crescimento econômico para 2023, indicando uma postura cautelosa mas otimista, apesar das dificuldades persistentes. O governo tem aumentado os gastos e emitido mais títulos como estratégias para lidar com o consumo fraco e o declínio nos investimentos empresariais. Essas iniciativas estão concentradas em apoiar os governos locais, que enfrentam pressão devido aos contínuos desafios no mercado imobiliário do país.

O Banco Mundial aumentou sua projeção de crescimento para a China em 2023 para 4,9%, comparado aos 4,8% previstos em junho. Apesar desse aumento, há preocupações. Espera-se que o crescimento desacelere, com previsões de 4,5% em 2024 e caindo para 4% até 2026. Problemas no mercado imobiliário, como a queda nos preços das habitações, estão limitando os gastos dos consumidores. Essa situação provavelmente manterá a inflação baixa, estimada em 0,4% para este ano, subindo ligeiramente para 1,1% em 2025.

Os esforços da China para estimular a demanda incluem:

  • Diminuir os pagamentos iniciais e as taxas de juros de hipotecas.
  • Financiar projetos de habitação acessível.
  • Subsidiar programas de reciclagem para carros e eletrodomésticos.

Esforços estão sendo feitos para aumentar a demanda, mas talvez não sejam suficientes para impulsionar um crescimento significativo. Há um risco de tarifas mais altas sobre produtos chineses exportados para os EUA, especialmente com possíveis mudanças nas políticas do presidente eleito Donald Trump, o que aumenta a incerteza. A China depende significativamente das exportações para sustentar seu crescimento, então qualquer problema no comércio internacional pode agravar suas questões econômicas.

Banco Mundial destaca a necessidade de fortalecimento da rede de proteção social na China. É essencial diminuir a desigualdade de renda para manter uma economia robusta e evitar que muitos retornem à pobreza. A classe média chinesa, que corre risco, precisa de sistemas de suporte mais eficazes para enfrentar mudanças econômicas.

Crescimento econômico mais lento na China pode impactar os mercados globais, especialmente outros países em desenvolvimento ligados à sua economia. Enquanto a China enfrenta esses desafios, é necessário aumentar cuidadosamente a demanda interna e lidar com as dificuldades externas. Essa situação ressalta a importância de implementar mudanças e políticas flexíveis para manter a economia sólida a longo prazo.

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