Crise econômica aprofunda desconfiança no governo e acusações de golpe

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Por Ana Silva
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Prateleiras de loja vazias e quebrando o cofrinho.

São PauloOs desafios econômicos da Bolívia são amplos e variados:

  • Dependência do dólar
  • Reservas internacionais em declínio
  • Dívida crescente
  • Fracassos na produção de produtos essenciais como o gás

Bolívia depende significantemente de importações e moeda estrangeira. Segundo Gonzalo Chávez, economista da Universidade Católica da Bolívia, a economia do país está completamente ancorada em importações. Essa dependência, que antes impulsionava o crescimento econômico, agora está gerando problemas graves.

Há 30 anos, a família de Vargas iniciou um negócio de sapatos, comprando mercadorias da China para vendê-las localmente. Eles pagavam pelos sapatos em dólares e os vendiam em bolivianos. Agora, estão enfrentando dificuldades devido à falta de dólares, o que tem prejudicado o negócio. Esta situação gerou um mercado negro de dólares, onde pessoas trazem a moeda de Peru e Chile para vendê-la a preços elevados.

Pascuala Quispe, de 46 anos, passou o sábado tentando encontrar dólares para comprar peças de carro. A taxa de câmbio oficial é de 6,97 bolivianos por dólar, mas na prática, saiu por 9,30 bolivianos por dólar, um valor que ela não podia pagar. Ela continuou procurando, na esperança de encontrar uma cotação melhor.

Alguns comerciantes, como o Vargas, colocam placas nas portas oferecendo uma taxa de câmbio mais vantajosa para o dólar. Especialistas econômicos acreditam que não há soluções rápidas para essa situação.

O presidente Arce afirma que a economia da Bolívia está muito estável. Ele está trabalhando para resolver problemas como a falta de dólares e gás. O governo pretende investir em novas áreas, como turismo e lítio. A Bolívia possui a maior reserva de lítio do mundo, essencial para tecnologias verdes. No entanto, segundo Chávez, o investimento em lítio só trará retornos a longo prazo devido a erros do governo que prejudicaram os ganhos imediatos.

Inflação cresce mais rápido que a economia. Muitos bolivianos têm empregos instáveis com baixos salários. As tensões entre Arce e Morales estão piorando a situação. Morales, que deixou o cargo em 2019 durante um período de agitação, afirma que foi vítima de um golpe. Agora, os antigos aliados discutem sobre quem deve representar o partido deles, MAS, nas eleições de 2025.

Bolívia enfrenta problemas econômicos e instabilidade política. Os conflitos entre Arce e Morales agravam a situação e dificultam a busca por soluções.

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