Viagens de Yoon ameaçadas por investigação de rebelião na Coreia

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Por João Silva
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Bandeira da Coreia do Sul com algemas e documentos legais.

São PauloPresidente Yoon enfrenta crise política na Coreia do Sul

O presidente sul-coreano Yoon está em uma situação política delicada, com a polícia considerando a possibilidade de impedi-lo de viajar para o exterior. Isso ocorre devido a acusações de seu envolvimento em uma rebelião associada a uma ordem de lei marcial. No país, presidentes em exercício são protegidos de processos por maioria dos crimes, mas essa imunidade não se aplica a acusações de rebelião ou traição. A recente instabilidade política está mais uma vez destacando os sistemas legais e políticos da Coreia do Sul.

Tensões Entre Governo de Yoon e Parlamento Liberal

As relações entre o governo conservador de Yoon e o parlamento controlado por liberais estão tensas. Desde que assumiu a presidência em 2022, Yoon tem enfrentado conflitos com seus adversários liberais, que repetidamente tentaram impeachment de seus principais funcionários devido a vários escândalos.

Desenvolvimentos principais incluem:

Yoon decretou a lei marcial, mas sua implementação foi revogada em poucas horas devido à resistência dentro de seu próprio partido e de opositores. O ex-Ministro da Defesa, Kim Yong Hyun, foi preso e se tornou a primeira figura de destaque a ser detida no caso da lei marcial. Três importantes comandantes militares foram suspensos em meio a acusações de rebelião, ressaltando as consequências mais amplas para o papel dos militares.

Ordem de lei marcial de Yoon gera polêmica na Coreia do Sul

A ordem de lei marcial emitida brevemente pelo Presidente Yoon foi criticada como inconstitucional por muitos, resultando em uma cena política altamente dividida. Na noite de terça-feira, ele anunciou a decisão afirmando a necessidade de limpar o parlamento, descrevendo-o como um lugar cheio de criminosos. Esta escolha de palavras exacerbou conflitos políticos já existentes, dificultando ainda mais a solução dos problemas governamentais da Coreia do Sul.

O Partido do Poder Popular (PPP), grupo político de Yoon, está tentando gerenciar a situação. O líder do partido, Han Dong-hun, quer que Yoon deixe o cargo antecipadamente, o que levanta preocupações sobre quem liderará o partido e a presidência no futuro. No entanto, o PPP teme repetir o erro de 2017, quando um presidente conservador foi impeachado e os liberais assumiram o poder em uma eleição especial.

Confiança é um bem escasso atualmente, e muitos discutem se o Presidente Yoon deveria ser removido do cargo. Há quem tema que isso possa impactar a constituição do país. O ministério da defesa afirmou que Yoon ainda está no comando das forças armadas, conforme exigido pela constituição, mas isso não parece acalmar os temores da população.

As questões políticas envolvendo Yoon revelam problemas centrais no sistema democrático da Coreia do Sul. É crucial que o grupo conservador do país recupere a confiança da população e estabilize a situação política. O cenário continua em evolução, e os próximos dias podem ser decisivos para o futuro político da nação.

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