Líder de gangue do Haiti, Germine Joly, pega 35 anos de prisão

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Por Chi Silva
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Barras de prisão com a bandeira haitiana ao fundo

São PauloGermine Joly, de 31 anos, foi condenada a 35 anos de prisão pelos procuradores federais dos EUA. Os advogados de Joly haviam solicitado uma pena de 17 anos e meio. Nenhum dos advogados respondeu aos pedidos de comentário.

Joly foi um dos líderes da gangue 400 Mawozo, cujo nome significa "400 Simplórios." Esta é uma das gangues mais influentes no Haiti, controlando partes de Croix-des-Bouquets e regiões ao redor de Porto Príncipe. Eles também operam ao longo de uma rota importante entre a capital e a República Dominicana.

Atividades da Gangue:

  • Sequestros
  • Tráfico de drogas
  • Comércio ilegal de armas
  • Assassinatos
  • Estupros
  • Roubos à mão armada

Relatório da ONU revela ações criminosas de gangue no Haiti

Um relatório da ONU revela que uma gangue está envolvida em atividades criminosas, causando medo tanto entre os haitianos quanto entre os americanos residentes ou visitantes no país. O diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou que o grupo mira americanos inocentes que vivem ou visitam o Haiti.

Em 2021, três carregamentos de armas e munições chegaram ao Haiti, antes do sequestro de 17 missionários pelo grupo criminoso. O relatório revelou que a gangue investe muito dinheiro na compra de armamentos, totalizando um custo de aproximadamente US$ 28.000.

Joseph Wilson é o líder da gangue. Ele é amigo de G-Pep, que comanda outra gangue poderosa. As autoridades haitianas emitiram um mandado de prisão contra Wilson em 2020, mas ele ainda não foi capturado.

A polícia haitiana prendeu Joly em 2014, e um juiz o condenou à prisão perpétua em 2018. Mesmo encarcerado, Joly supostamente continuou liderando atividades de gangues. Ele foi o responsável pelo sequestro de 17 pessoas em outubro de 2021, incluindo 16 americanos e um canadense, todos trabalhadores da organização Christian Aid Ministries, com sede em Ohio.

Doze missionários que haviam sido sequestrados escaparam de um orfanato em Croix-des-Bouquets. A organização Christian Aid Ministries informou que eles foram libertados, enquanto outros cinco já haviam sido liberados anteriormente. Não se sabe se algum resgate foi pago.

Em 2022, os EUA extraditaram Joly. Sua ex-namorada, Eliande Tunis, foi condenada a 12,5 anos de prisão em janeiro. Promotores federais dos EUA afirmaram que Joly, Tunis e outros dois forneceram armas para a gangue chamada 400 Mawozo de março a novembro de 2021. O armamento incluía AK-47s, AR-15s e um rifle calibre .50.

Joly operava com telefones celulares enquanto estava preso no Haiti. Ele também é acusado de sequestrar cidadãos norte-americanos. O Procurador-Geral dos EUA, Merrick B. Garland, destacou o compromisso de combater a violência das gangues, afirmando que o Departamento de Justiça atuará plenamente contra gangues que prejudicam cidadãos americanos.

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