EUA e Icahn fecham acordo sobre empréstimos pessoais não revelados

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Por Alex Morales
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Logo da empresa com documentos financeiros e notas de dólar.

São PauloA Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) chegou a um acordo com o bilionário Carl Icahn e sua empresa, a Icahn Enterprises, sobre acusações de empréstimos pessoais não divulgados garantidos por títulos da empresa. Como parte do acordo, a Icahn Enterprises pagará uma multa civil de US$ 1,5 milhão, enquanto Icahn pagará US$ 500 mil.

A SEC relatou que, desde pelo menos dezembro de 2018, Icahn usou entre 51% e 82% das ações da Icahn Enterprises como garantia para empréstimos pessoais. Essa informação não foi revelada nos relatórios anuais da empresa até o início de 2022. Além disso, Icahn não atualizou os registros regulatórios nem forneceu os acordos necessários de garantia para esses empréstimos, alguns dos quais datam de 2005, até julho de 2023.

Esta situação é preocupante, comprometendo não apenas Carl Icahn, mas também a governança corporativa e a confiança dos investidores. Icahn é famoso por suas ousadas estratégias de investimento e aquisições de grande visibilidade no passado, mas usar uma grande porção dos ativos de uma empresa para garantir empréstimos pessoais sem informar o público a tempo representa uma grave falha na governança.

Icahn e a Falha de Governança com Empréstimos Pessoais

Pontos-chave das descobertas da SEC incluem:

  • Falta de divulgação de empréstimos pessoais garantidos com valores mobiliários da empresa
  • Uso de até 82% dos valores mobiliários da empresa como garantia
  • Atraso na atualização de registros regulatórios e anexação de acordos de garantia

Após um relatório da Hindenburg Research em maio de 2023, uma investigação sobre as práticas comerciais de Icahn se intensificou. O relatório acusou a Icahn Enterprises de inflar o valor de seus ativos e usar dinheiro de novos investidores para pagar dividendos a investidores anteriores. Como resultado, as ações da empresa caíram drasticamente, levando a um escrutínio regulatório maior.

Icahn refutou as alegações da Hindenburg, afirmando que o acordo com a SEC não comprovava que a empresa estava supervalorizada ou era uma fraude. Ele acusou a Hindenburg de fazer acusações falsas e prejudiciais que prejudicaram os investidores e as ações da empresa.

Esta situação destaca a importância de seguir rigorosamente as normas de compartilhamento de informações financeiras, especialmente quando grandes ativos estão envolvidos em transações pessoais. Também ilustra como os investidores que apostam na queda podem ajudar a revelar possíveis irregularidades em grandes empresas, incentivando os reguladores a tomarem medidas.

A Icahn Enterprises enfrenta não apenas problemas financeiros, mas também danos à sua reputação. Uma queda de 6% no preço de suas ações demonstra a preocupação dos investidores. Esta situação ressalta a importância de ser aberto e honesto. Embora o acordo encerre a atual investigação regulatória, levanta questões contínuas sobre a governança corporativa e a confiança dos investidores. Isso sublinha a necessidade de tanto empresas quanto investidores valorizarem a transparência.

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