Nanotecnologia transforma a robótica: estruturas de DNA criam novas possibilidades e microdinossauros.

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Por João Silva
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Pequenos robôs em forma de T. Rex entregando medicamentos.

São PauloCientistas do Instituto Nano da Universidade de Sydney desenvolveram uma nova técnica para criar minúsculos robôs usando o método chamado de origami de DNA. Esse procedimento envolve a dobragem de DNA para formar estruturas minúsculas e precisas, que podem ser aplicadas em diversas áreas, como medicina e tecnologia. Eles já criaram mais de 50 objetos minúsculos, incluindo um pequeno dinossauro, demonstrando a versatilidade dessas estruturas.

A técnica de origami de DNA consiste em moldar o DNA em designs complexos. Este campo emergente apresenta um grande potencial para avanços significativos.

  • Entrega Direcionada de Medicamentos: Nanorrobôs podem levar medicamentos diretamente às células, aumentando a eficácia dos tratamentos.
  • Materiais Responsivos: Estruturas que se adaptam a estímulos do ambiente, como variações de temperatura.
  • Processamento Óptico Energeticamente Eficiente: Maior velocidade e precisão para tecnologias como diagnósticos médicos.

Dra. Minh Tri Luu e Dra. Shelley Wickham estão desenvolvendo pequenas estruturas de DNA chamadas "voxels", que podem ser unidas para formar formas tridimensionais. Essas estruturas têm o potencial de revolucionar áreas como biologia sintética e nanomedicina. Com a adição de cadeias extras de DNA, os cientistas garantem que essas formas se encaixem com precisão para designs personalizados.

No futuro, minúsculos robôs poderão circular dentro do corpo humano, realizando tarefas como atacar células cancerígenas. Esse direcionamento preciso pode reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos atuais, transformando significativamente as terapias contra o câncer. Por serem extremamente pequenos, esses robôs conseguem operar em áreas que os métodos convencionais não alcançam, oferecendo soluções inovadoras para problemas antigos.

Nanotecnologias são essenciais não apenas para a saúde, mas também para a ciência dos materiais. Elas têm a capacidade de alterar suas propriedades, o que pode ter impacto na computação e na eletrônica. Esses materiais podem ser utilizados para criar edificações que se ajustam automaticamente ou sistemas que se autorreparam, oferecendo maior durabilidade.

A pesquisa do Dr. Luu e do Dr. Wickham destaca a utilidade do origami de DNA e como a colaboração entre diferentes áreas pode impulsionar a ciência. Os resultados de seus estudos podem abrir caminhos para criar máquinas que se adaptem e funcionem eficientemente em situações complexas, trazendo conceitos da ficção científica mais perto da realidade.

À medida que a pesquisa avança, é empolgante imaginar como ela poderá ser aplicada no mundo real. Este trabalho pode gerar novas tecnologias e transformar a maneira como lidamos com questões de saúde e outros desafios.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1126/scirobotics.adp2309

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Minh Tri Luu, Jonathan F. Berengut, Jiahe Li, Jing-Bing Chen, Jasleen Kaur Daljit Singh, Kanako Coffi Dit Glieze, Matthew Turner, Karuna Skipper, Sreelakshmi Meppat, Hannah Fowler, William Close, Jonathan P. K. Doye, Ali Abbas, Shelley F. J. Wickham. Reconfigurable nanomaterials folded from multicomponent chains of DNA origami voxels. Science Robotics, 2024; 9 (96) DOI: 10.1126/scirobotics.adp2309
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