Duas semanas que transformaram o conflito na Síria

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Por João Silva
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Bandeira da Síria em meio a céus tempestuosos e relâmpagos.

São PauloImportante Reviravolta no Conflito na Síria

Nos meses de novembro e dezembro de 2019, houve uma transformação significativa no prolongado conflito sírio. O governo de Bashar al-Assad enfrentou uma intensa pressão de grupos armados de oposição, resultando em uma queda rápida. Tudo começou com um grande ataque do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) que culminou na derrubada do regime de Assad.

Nos primeiros dias da ofensiva, o foco estava no noroeste de Aleppo, onde os rebeldes afirmaram ter conquistado várias aldeias. Isso ocorreu em resposta a ataques anteriores do governo em áreas controladas pela oposição. Os combates logo se espalharam para a província de Idlib, demonstrando o aumento do poder e as intenções territoriais dos rebeldes. Esses acontecimentos foram significativos, pois revelaram a fragilidade das forças militares de Assad, que enfrentavam dificuldades em múltiplas frentes de batalha.

Avanço Rebelde Ameaça o Controle Governamental na Síria

  • 27 de novembro: Começa a ofensiva rebelde no noroeste de Aleppo.
  • 29 de novembro: Insurgentes entram em Aleppo, a maior cidade da Síria.
  • 30 de novembro: Rebeldes reivindicam controle sobre Aleppo e avançam em direção à província de Hama.
  • 5 de dezembro: Após intensos combates, insurgentes conquistam Hama.
  • 7 de dezembro: Homs cai nas mãos das forças opositoras, ameaçando Damasco.

A rápida ascensão dos rebeldes levantou dúvidas sobre o apoio de Assad por parte da Rússia e do Irã. A Rússia enfrentava seus próprios desafios, como as ações militares na Ucrânia. Ao mesmo tempo, o Irã estava envolvido em diversos conflitos regionais que limitavam sua capacidade de ajudar Assad. A Turquia, que apoiava os rebeldes sírios, incentivava negociações em busca de uma solução política em vez de militar.

Ataques recentes evidenciaram a fragilidade do controle de Assad sobre o poder e revelaram as mudanças nas alianças e estratégias do conflito sírio. Cidades importantes como Aleppo e Homs foram capturadas por rebeldes, abrindo caminho direto para Damasco e obrigando potências globais e regionais a revisarem suas estratégias. O futuro da Síria foi influenciado não apenas pelos acontecimentos locais, mas também por debates internacionais sobre o destino do país.

O governo sírio, outrora firme em lealdade e poder militar, desmoronou. A rápida queda do regime de Assad revelou uma situação complicada de conflitos internos, alianças enfraquecidas e rebeldes determinados. Essas duas semanas caóticas transformaram a política síria e apontaram para um futuro incerto de um país dividido, ainda em busca de paz.

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