Algumas nacionalidades evitam banimento de asilo por voos limitados

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Por Ana Silva
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Avião de deportação na pista com contornos distantes de países ao fundo

São PauloO Departamento de Segurança Interna afirmou recentemente que deportar migrantes depende amplamente de seu histórico e nacionalidade. Eles destacaram que milhares foram deportados sob a nova regra de asilo. Segundo dois altos funcionários, houve 17 voos de deportação, incluindo um para o Uzbequistão. Entre os deportados estavam migrantes da Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru e México.

Henao, um migrante de 59 anos, compartilhou sua história. Ele foi encontrado em uma estrada de terra perto de linhas de energia nas montanhas ao leste de San Diego. Um agente da Patrulha da Fronteira informou-o sobre as novas regras de asilo e entregou-lhe documentos para ser liberado, dizendo-lhe que comparecesse ao tribunal de imigração em Nova Jersey. O agente não fez muitas perguntas sobre os motivos que levaram Henao a deixar a Colômbia.

Muitos dos migrantes liberados junto com Henao eram da China, Índia, Colômbia e Equador. Outro grupo incluía pessoas da Mauritânia, Sudão e Etiópia. Um voluntário usou um alto-falante para direcioná-los a uma plataforma de metrô de superfície, informando que poderiam ir ao aeroporto gratuitamente se não tivessem dinheiro para um táxi ou Uber.

O pedido de asilo é suspenso quando o número de prisões por cruzamentos ilegais da fronteira atinge 2.500 por dia. Ele é retomado quando a média cai para menos de 1.500 por dia durante uma semana. As autoridades fronteiriças priorizam primeiro a detenção de migrantes que podem ser deportados rapidamente. Em seguida, lidam com migrantes de países que levam pelo menos cinco dias para processar documentos de viagem. Por último, eles tratam dos migrantes de lugares que não aceitam voos dos Estados Unidos.

Um memorando explicou as diretrizes para os oficiais de fronteira, segundo o New York Post. A Associated Press também verificou a informação com um oficial dos Estados Unidos que preferiu não se identificar, pois o memorando ainda não foi divulgado publicamente.

De janeiro a maio, o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE) realizou 679 voos de deportação. Quase 60% desses voos foram para a Guatemala e Honduras. A seguir, uma distribuição dos voos para diferentes países durante esse período.

  • 46 voos para a Colômbia
  • 42 voos para o Equador
  • 12 voos para o Peru
  • 10 voos para diversos países africanos
  • 1 voo para a China

Todo mês, dezenas de milhares de migrantes dessas regiões entram ilegalmente nos EUA, mas o número de deportados é bem pequeno. Mexicanos representaram menos de 30% das prisões na fronteira no ano passado, uma queda em relação aos 90% em 2010. Devido à sua localização, o México é o país mais fácil para deportações e aceita até 30.000 pessoas por mês de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.

Alguns países não aceitam voos de deportação porque não querem sobrecarregar seus recursos. Corey Price, que anteriormente liderava as operações de fiscalização e remoção do ICE, afirmou no ano passado que os EUA não podem enviar pessoas de volta a seus países de origem sem que esses países concordem em recebê-las.

Rebecca Santana da Associated Press também fez uma reportagem de Washington.

Este artigo utiliza informações coletadas para explicar em detalhes a proibição de asilo e o processo de deportação, com contribuições do Departamento de Segurança Interna dos EUA e outras fontes.

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