Rússia destrói cidades ucranianas com bombas modificadas e bases aéreas

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Por Ana Silva
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Vista aérea das ruínas de cidade bombardeada e da expansão da base aérea.

São PauloA Rússia está adaptando bombas e ampliando sua rede de bases aéreas para atacar cidades próximas às linhas de frente na Ucrânia. A Bielorrússia está colaborando ao oferecer abrigo para os bombardeiros russos. Um mapa do site de análise de campo de batalha ucraniano DeepState ilustra isso claramente. Aqui estão alguns pontos principais do mapa:

  • 10 aeródromos na Bielorrússia
  • 51 bases utilizadas pela Rússia em um raio de 600 quilômetros (370 milhas) de território controlado pela Ucrânia
  • 3 bases na Ucrânia oriental ocupada
  • 6 bases na península da Crimeia, anexada ilegalmente
  • 32 bases na Rússia

A Bielorrússia possui cinco aeródromos próximos à fronteira com a Ucrânia. O DeepState informa que isso beneficia muito a Rússia. O presidente ucraniano Zelenskyy afirmou na semana passada que a Rússia tem uma vantagem no espaço aéreo. Isso permite que a Rússia utilize mísseis e bombas para apoiar suas tropas terrestres.

A Rússia está lançando até 100 bombas guiadas por dia. Essas bombas se somam aos danos causados por seus mísseis e drones. Elas são modificadas a partir de bombas soviéticas antigas, recebendo a adição de aletas e sistemas de orientação. Cada bomba custa cerca de $20.000 para ser atualizada. Essas bombas carregam entre 500 e 3.000 quilos (1.100 a 6.600 libras) de explosivos. Podem ser lançadas a uma distância de até 65 quilômetros (40 milhas), o que está além do alcance dos sistemas de defesa aérea convencionais da Ucrânia.

As bombas são semelhantes aos mísseis JDAM americanos, mas seus sistemas de GPS foram bloqueados pelas forças russas na Ucrânia. Nico Lange, analista do Centro de Análise de Políticas Europeias, afirmou que a Rússia bombardeia cidades porque não consegue tomar controle de cidades orientais como Kharkiv. O plano aparenta ser amedrontar tanto as pessoas que elas acabam abandonando as cidades.

Uma câmera de segurança na loja de melhoramentos Epicenter na Ucrânia registrou um evento triste. A vendedora Nina Korsunova estava caminhando para seu corredor quando uma bomba explodiu. A câmera parou de funcionar após um clarão. Korsunova se encolheu no chão enquanto um expositor caía sobre ela. Ela abriu os olhos em tempo de ver uma segunda bomba entrar. Seus tímpanos foram danificados, então ela não conseguia ouvir nada. Ela não viu sinais de vida ao seu redor.

Korsunova acreditava estar sozinha e esquecida. Essa convicção a fez se sentir determinada a sair dali. Ela rastejou por entre lâmpadas quebradas e lutou para atravessar cabos emaranhados enquanto avançava pelos escombros da seção de abastecimento elétrico.

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