Ex-funcionário mexicano acusado de subornar presos para novo julgamento nos EUA

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Por Ana Silva
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Balança da justiça do tribunal com as bandeiras do México e dos EUA.

São PauloEx-funcionário mexicano Genaro García Luna é acusado de tentar subornar prisioneiros para obter um novo julgamento de drogas nos EUA. O juiz Brian Cogan afirmou que García Luna estava claramente tentando obstruir a justiça. O juiz rejeitou as alegações da defesa, que incluíam acusações de que testemunhas mentiram e que os promotores não compartilharam informações importantes.

Elementos-chave no caso de García Luna:

  • Alegadamente, García Luna ofereceu até US$ 2 milhões a presos para obter declarações sobre comunicações de testemunhas.
  • Uma declaração juramentada de advogados de defesa, proveniente de um preso, afirmou que uma testemunha de acusação planejava incriminar García Luna.
  • Testemunhas de acusação negaram qualquer comunicação alegada.

Advogado de García Luna vai recorrer após decisão judicial

O advogado de defesa de García Luna, César de Castro, manifestou sua frustração com a decisão do tribunal porque considera que problemas cruciais na acusação foram desconsiderados. De Castro também afirmou que García Luna irá recorrer da sentença.

García Luna foi secretário de Segurança Pública do México entre 2006 e 2012, responsável pelo combate aos cartéis de drogas. Sua condenação por envolvimento em atividades criminosas é especialmente polêmica devido à sua posição de alto escalão.

As alegações de suborno e obstrução da justiça levantam preocupações sobre a imparcialidade do sistema legal. Elas também destacam as complexas relações entre presos, polícia e tribunais. Por exemplo, a veracidade da declaração do detento é questionável devido ao seu histórico de doenças mentais e alucinações. Enquanto isso, a defesa afirma que García Luna foi incriminado por membros do cartel em busca de sentenças mais brandas, o que torna a situação ainda mais complicada.

Promotores afirmaram que suas testemunhas negaram repetidamente fazer declarações falsas. No entanto, a defesa argumentou que os presos poderiam ter sido influenciados por incentivos financeiros de García Luna, comprometendo sua credibilidade.

García Luna teve muitas responsabilidades e poder enquanto estava no cargo. Se as acusações contra ele forem verdadeiras, isso indica uma corrupção grave no governo. Isso também destaca a prática de usar ex-membros de cartéis como testemunhas—um método que pode ser visto como legítimo ou questionável.

O pagamento possível de R$ 10 milhões aos detentos é significativo. Isso evidencia a importância desses grandes casos. Esse valor sugere que pessoas influentes podem se esforçar bastante para afetar os resultados dos processos judiciais.

A sentença de García Luna está marcada para 9 de outubro e pode ter repercussões significativas. Este resultado pode influenciar a percepção pública sobre o combate aos cartéis de drogas, a corrupção, e a eficácia do sistema judicial dos EUA em lidar com casos internacionais. Este caso destaca questões de poder, corrupção e justiça.

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