Jack Smith pede reativação de caso sobre documentos de Trump

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Por Alex Morales
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Malhete de tribunal sobre documentos rotulados como "Classificado" e "Confidencial".

São PauloPromotores federais, liderados pelo Conselheiro Especial Jack Smith, pediram ao Tribunal de Apelações do 11º Circuito dos EUA para reabrir o caso contra o ex-presidente Donald Trump sobre o manuseio de documentos confidenciais. Smith argumenta que a juíza Aileen Cannon errou ao encerrar o caso, pois isso contraria leis e regulamentos estabelecidos.

A demissão de Cannon surpreendeu muitos especialistas jurídicos e interrompeu o andamento do caso, apesar das inúmeras evidências, como filmagens de segurança e conversas gravadas com Trump. Promotores afirmam que a visão de Cannon levou a uma decisão errada sobre a nomeação do procurador especial.

Como interpretar a Cláusula de Nomeações da Constituição?

A principal questão é como entender a Cláusula de Nomeações na Constituição. Este dispositivo estabelece que alguns altos funcionários, como juízes e embaixadores, precisam da aprovação do Senado. No entanto, permite que "oficiais inferiores" sejam nomeados pelo chefe de uma agência. A equipe de Smith argumenta que leis e práticas anteriores mostram que o Procurador-Geral pode nomear um conselheiro especial sem a necessidade de envolvimento do Presidente ou aprovação do Senado.

Pontos Relevantes:

  • O Procurador-Geral frequentemente nomeia conselheiros especiais e independentes.
  • Essas nomeações têm sido utilizadas em investigações de casos notórios, como o Watergate.
  • Existem pelo menos quatro leis que autorizam tais nomeações.
  • Uma decisão de dezembro de 2022 pelo mesmo tribunal de apelação contraria decisões anteriores de Cannon.

A defesa argumenta que a nomeação de Smith violou a Cláusula de Nomeações, o que levou Cannon a realizar uma audiência que durou vários dias, resultando na decisão favorável a esse ponto de vista. Essa decisão pode impactar não apenas este caso, mas também a validade legal de todos os conselheiros especiais nomeados fora do Departamento de Justiça.

O prazo para a decisão do tribunal de apelação é incerto. Caso a acusação seja retomada, é improvável que o julgamento ocorra antes das próximas eleições presidenciais, o que é crucial devido à possibilidade de reeleição de Trump. Se Trump vencer, ele poderia nomear um novo Procurador-Geral que talvez arquivasse o caso. O recurso também pode chegar à Suprema Corte dos EUA.

A equipe de Smith argumenta que, se a decisão de Cannon for mantida, isso invalidaria muitas nomeações de conselheiros especiais passadas e atuais. Eles afirmam que isso também mostraria que o Congresso consistentemente ignorou erros nesses procedimentos. Essa alegação abrangente destaca os impactos maiores do caso além de Trump e pode questionar a legalidade das nomeações padrão de conselheiros especiais.

Trump enfrenta atualmente quatro processos judiciais, cada um com implicações políticas e legais significativas para ele e para o sistema de justiça. A decisão deste recurso pode alterar o poder dos Promotores-Gerais e impactar a legitimidade das investigações conduzidas por conselheiros especiais.

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