Eliminações precisas de Israel: um olhar histórico

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Por João Silva
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Figuras sombrias contra um mapa com mira telescópica.

São PauloIsrael tem um histórico de neutralizar figuras importantes em grupos inimigos. Essas operações frequentemente geram controvérsias e provocam grandes respostas militares e políticas. A seguir, alguns exemplos notáveis dessas ações.

Principais Acontecimentos de Ataques e Assassinatos de Líderes nas Últimas Décadas

  • Janeiro 2024: Saleh Arouri, um alto oficial do Hamas exilado, foi morto por um ataque de drone israelense em Beirute durante intensos combates em Gaza.
  • Abril 2024: Dois generais iranianos foram mortos em um ataque israelense ao consulado do Irã na Síria, levando o Irã a lançar 300 mísseis e drones contra Israel.
  • Julho 2024: Mohammed Deif, comandante militar do Hamas, foi alvo em Gaza. O ataque causou muitas vítimas, mas o status de Deif permanece incerto.
  • 2019: Bahaa Abu el-Atta, um comandante sênior da Jihad Islâmica, foi morto junto com sua esposa em um bombardeio aéreo em sua casa.
  • 2012: Ahmad Jabari, chefe da ala armada do Hamas, foi morto em seu carro, desencadeando uma guerra de oito dias entre Hamas e Israel.
  • 2010: Mahmoud al-Mabhouh, um importante operativo do Hamas, foi assassinado em um hotel em Dubai, em um ato amplamente atribuído ao Mossad.
  • 2008: Imad Mughniyeh, chefe militar do Hezbollah, foi morto em um carro-bomba em Damasco.
  • 2004: Os líderes do Hamas, Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, foram mortos em ataques aéreos israelenses.
  • 1997: Agentes do Mossad tentaram assassinar o chefe do Hamas, Khaled Mashaal, na Jordânia usando veneno, quase causando um incidente diplomático.
  • 1996: Yahya Ayyash, conhecido como o "engenheiro" por suas habilidades em fabricar bombas, foi morto por um telefone bombardeado em Gaza.
  • 1995: Fathi Shikaki, fundador da Jihad Islâmica, foi morto a tiros em Malta.
  • 1988: Khalil al-Wazir, chefe militar da OLP, foi assassinado na Tunísia em uma complexa operação israelense.
  • 1973: Comandos israelenses mataram vários líderes da OLP em Beirute em retaliação ao massacre das Olimpíadas de Munique.

Israel frequentemente mira em membros de alto escalão do Hamas, Hezbollah e das forças iranianas. Esses ataques geralmente são realizados por meio de bombardeios aéreos, drones e missões secretas. Israel raramente assume a responsabilidade, mas as evidências muitas vezes apontam para suas agências militares e de inteligência, especialmente o Mossad.

Muitas dessas ações provocam fortes reações. Por exemplo, o lançamento de mísseis pelo Irã após o ataque de abril de 2024 revelou o risco de conflitos regionais mais amplos. Da mesma forma, o assassinato de Ahmad Jabari em 2012 desencadeou dias de combates intensos.

Esforços para enfraquecer grupos de oposição frequentemente resultam em mortes de civis e violência contínua. Por exemplo, a tentativa de eliminar Mohammed Deif em julho de 2024 levou à morte de muitos civis. Esses eventos aumentam o ódio e os confrontos, tornando a situação política no Oriente Médio ainda mais instável.

As operações são possibilitadas pela habilidade militar e de inteligência avançada de Israel. No entanto, essas ações têm sérias implicações humanitárias e geopolíticas, aumentando as tensões regionais e afetando significativamente as relações internacionais.

Israel adota a prática de assassinatos seletivos como parte de sua estratégia de segurança. Esse método visa desmantelar a liderança de grupos hostis para enfraquecer suas ações. Embora possa trazer mais segurança a curto prazo, frequentemente resulta em mais conflitos e danos a longo prazo.

Israel tem uma longa história na realização de assassinatos seletivos. Essas ações às vezes têm sido bem-sucedidas, mas também têm causado problemas na região. Elas refletem os conflitos contínuos e profundamente enraizados no Oriente Médio. Há uma necessidade delicada de equilibrar os esforços de segurança com os impactos mais amplos que eles provocam.

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