Israel liberta diretor de hospital; ele denuncia abusos na prisão
São PauloForças israelenses libertaram o Dr. Abu Selmia, diretor do Hospital Shifa em Gaza. Ele foi preso por Israel no dia 22 de novembro enquanto auxiliava em uma evacuação de pacientes liderada pela ONU. O Dr. Abu Selmia afirma que as autoridades israelenses o maltrataram enquanto estava sob custódia. Ele também alega que funcionários médicos de várias instalações estiveram envolvidos nesses maus-tratos, resultando em cuidados médicos de baixa qualidade. Segundo Abu Selmia, vários detentos tiveram membros amputados devido ao tratamento inadequado.
Autoridades israelenses não comentaram sobre a libertação dele ou as acusações. A administração prisional já havia afirmado que não tratava mal os detidos. Dois ministros de extrema-direita do governo de Israel criticaram a libertação de Dr. Abu Selmia, alegando que ocorreu sem sua aprovação.
Forças Israelenses Invadem Hospital em Gaza, Enfraquecendo Alegações Contra Hamas
Em novembro, forças israelenses invadiram o Hospital Shifa, alegando que o Hamas o usava como centro de comando. O exército encontrou um túnel e algumas salas sob o hospital, sugerindo atividade militante, mas sem comprovar totalmente suas acusações. O Dr. Abu Selmia e outros funcionários negaram as acusações de Israel, afirmando que a operação colocou em risco pacientes e pessoas deslocadas.
Israel tem invadido hospitais em Gaza inúmeras vezes desde então, frequentemente fechando-os ou diminuindo seus serviços. Isso ocorre mesmo enquanto muitas pessoas estão feridas devido aos ataques israelenses ou sofrem por causa da guerra. O exército invadiu o Hospital Shifa novamente no início deste ano, causando muitos danos. Eles justificaram a ação dizendo que militantes estavam usando o hospital. A lei internacional permite que hospitais percam sua proteção se forem utilizados para fins militares.
Informações Importantes:
- Dr. Abu Selmia foi detido em 22 de novembro
- Recentemente liberado, alega ter sofrido abusos durante a custódia
- Forças israelenses invadiram o Hospital Shifa alegando presença do Hamas
- Evidências encontradas, mas não comprovaram totalmente as alegações iniciais
- Israel já invadiu outros hospitais em Gaza sob acusações semelhantes
Após o ataque do Hamas em 7 de outubro, Israel reagiu com ação militar. Combatentes palestinos mataram cerca de 1.200 civis e fizeram 250 reféns. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 37.800 palestinos morreram no conflito, embora não especifique quantos eram civis ou combatentes.
As autoridades israelenses afirmam que as incursões em hospitais são justificadas, alegando que o Hamas está utilizando essas instalações para fins militares. No entanto, o Dr. Abu Selmia e outros funcionários consideram essas ações extremamente perigosas, pois acreditam que colocam em risco muitos pacientes e pessoas deslocadas que buscam refúgio nos hospitais.
Dr. Abu Selmia afirmou que sua prisão foi motivada por questões políticas. Ele relatou que foi levado ao tribunal várias vezes, mas nunca foi acusado formalmente ou teve acesso a advogados. Suas alegações de maus-tratos na prisão geraram controvérsias e atraíram atenção internacional. No entanto, as autoridades israelenses não explicaram o motivo de sua libertação nem responderam às suas reivindicações.
Hospitais em Gaza enfrentam dificuldades devido às ações militares israelenses. Muitas necessidades urgentes de saúde não estão sendo atendidas por causa do conflito contínuo. A situação permanece tensa, com novos desdobramentos esperados devido ao alto número de vítimas civis e acusações de violações de direitos humanos.
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