Estudo revela que dinossauros prosperaram no frio após erupções vulcânicas no Triássico

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Por Alex Morales
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Dinossauros prosperando em meio a erupções vulcânicas e neve.

São PauloNovas pesquisas desafiam a ideia antiga de que erupções vulcânicas provocaram aquecimento, levando à extinção em massa no fim do período Triássico, permitindo que os dinossauros dominassem a era Jurássica. Cientistas agora acreditam que rajadas curtas de frio extremo, resultantes da atividade vulcânica, foram principalmente responsáveis por esse evento de extinção há mais de 201 milhões de anos.

Estudo revela que cinco grandes erupções vulcânicas ocorreram ao longo de 40.000 anos. Cada uma dessas erupções liberou uma quantidade significativa de aerossóis de sulfato, resfriando consideravelmente a Terra. No total, essas erupções aconteceram em menos de 100 anos, evidenciando a intensidade de seus efeitos.

Novo Estudo Desvenda Causas de Extinções em Massa

Um estudo recente destaca a importância de compreender os motivos por trás das extinções em massa. As erupções vulcânicas iniciais liberaram sulfatos que bloquearam a luz solar, resultando em um resfriamento rápido e severo. Este fenômeno desafia ideias anteriores que atribuíam a extinção principalmente ao aumento gradual de dióxido de carbono das erupções da Província Magmática do Atlântico Central. Embora o CO2 tenha exercido um impacto, o resfriamento inicial devido aos aerossóis de sulfato foi o mais imediato e prejudicial.

Nova perspectiva revela resiliência dos primeiros dinossauros

O novo cenário revela a capacidade de adaptação e a resistência dos primeiros dinossauros. Esses pequenos animais com penas já existiam antes do evento de extinção. Eles sobreviveram e se tornaram dominantes posteriormente por serem capazes de enfrentar condições adversas, mantendo-se pequenos, possivelmente se escondendo em tocas e precisando de menos alimento externo. Em contraste, as grandes criaturas do período Triássico não conseguiram se adaptar rapidamente ao frio repentino e foram extintas.

Este estudo analisa como a atividade vulcânica afeta o clima, em especial o modo como os sulfatos liberados por vulcões podem resfriar rapidamente o planeta, embora por um curto período. Destaca-se a importância disso no contexto do nosso clima atual, que pode mudar rapidamente devido a eventos naturais e atividades humanas. Compreender como o clima da Terra mudou no passado nos ajuda a enfrentar os desafios climáticos de hoje. O papel dos sulfatos em promover mudanças climáticas rápidas ressalta o equilíbrio delicado necessário para manter a habitabilidade do planeta, mostrando que erupções vulcânicas podem tanto beneficiar quanto prejudicar o meio ambiente.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1073/pnas.2415486121

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Dennis V. Kent, Paul E. Olsen, Huapei Wang, Morgan F. Schaller, Mohammed Et-Touhami. Correlation of sub-centennial-scale pulses of initial Central Atlantic Magmatic Province lavas and the end-Triassic extinctions. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2024; 121 (46) DOI: 10.1073/pnas.2415486121
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