Indígenas formam comitê na COP16 para proteger a biodiversidade

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Por Alex Morales
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Símbolos indígenas ao redor da Terra com motivos de biodiversidade.

São PauloA reunião COP16 sobre biodiversidade, realizada na Colômbia, deu um passo significativo ao reconhecer e proteger os conhecimentos dos povos indígenas e das comunidades locais. Este avanço é crucial para reconhecer o papel fundamental que esses grupos desempenham na gestão da biodiversidade. Sushil Raj, líder do Programa Global de Direitos e Comunidades da Wildlife Conservation Society, destacou que o acordo evidencia a importância desse conhecimento tradicional na solução de problemas relacionados à biodiversidade, tanto globalmente quanto em escala nacional.

A formação de um grupo para os povos Indígenas aborda um problema antigo dentro da Convenção sobre Diversidade Biológica. Segundo Susana Muhamad, ministra do Meio Ambiente da Colômbia e presidente da COP16, essa decisão finalmente resolve uma questão de 26 anos. Ela reconhece o saber dos povos Indígenas, afrodescendentes e comunidades locais, promovendo uma abordagem mais inclusiva para a proteção do meio ambiente.

Desafios financeiros continuam sendo um obstáculo nos esforços para deter a perda de biodiversidade. O fundo possui apenas cerca de US$ 400 milhões, valor muito inferior aos bilhões necessários. No encontro em Montreal, países ricos se comprometeram a aumentar o financiamento para a conservação em nações em desenvolvimento para US$ 20 bilhões por ano até 2025 e US$ 30 bilhões por ano até 2030. Aqui estão os principais pontos discutidos na COP16:

Reconhecimento e proteção dos sistemas de conhecimento tradicional dos povos indígenas. Acordo para proteger a saúde humana dos desafios relacionados à biodiversidade. Os compromissos são insuficientes, com apenas 400 milhões de dólares disponíveis em face de necessidades de bilhões. Promessas de aumentar o financiamento para países em desenvolvimento até 2030.

Preocupação com a Diminuição da Vida Selvagem e Impactos no Meio Ambiente

Grupos ambientalistas estão preocupados com os danos à natureza e os riscos que isso representa para pessoas e animais. Segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza e da Sociedade Zoológica de Londres, as populações de vida selvagem em todo o mundo diminuíram em 73% nos últimos 50 anos. Isso evidencia o sério e crescente problema da perda de biodiversidade.

A decisão na COP16 pode resultar em maiores esforços para incluir o conhecimento das comunidades Indígenas e locais nas estratégias globais de conservação. Ao valorizar diferentes maneiras de gerenciar a biodiversidade, abre-se a possibilidade de soluções mais sustentáveis e justas. À medida que os países tentam cumprir suas promessas financeiras, a cooperação e a inclusão serão fundamentais para deter a perda de biodiversidade e proteger a integridade ecológica do planeta.

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