Sonolência diurna pode sinalizar risco de síndrome cognitivo-motora inicial, aponta estudo.

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
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Relógio com olhos sonolentos e cérebro em bolha de pensamento.

São PauloTítulo: Sinais de Risco Cognitivo Motor: O Que o Sono Pode Revelar

Sentir muito sono durante o dia e a falta de interesse em atividades podem ser indicativos de uma condição conhecida como síndrome de risco cognitivo motor. Esta condição está associada a problemas de memória e aos primeiros estágios da demência. Pesquisas do Albert Einstein College of Medicine indicam uma conexão entre essas questões de sono e a síndrome, que se manifesta em forma de caminhada lenta e queixas de memória, mas ainda sem problemas graves de mobilidade ou demência.

Principais descobertas do estudo incluem:

  • Participantes com sonolência excessiva durante o dia tiveram mais de três vezes mais chances de desenvolver síndrome de risco cognitivo motor.
  • 177 de 445 participantes foram identificados como maus dorminhocos.
  • 42 participantes já apresentavam a síndrome no início do estudo, enquanto 36 a desenvolveram durante o período da pesquisa.

Estudo Sugere Relação Entre Sono e Saúde Cerebral

A pesquisa identificou uma associação, mas não comprovou que uma coisa cause a outra. Isso levanta questões sobre como intervir. Resolver problemas de sono precoce pode diminuir o risco de problemas cerebrais. Pessoas mais velhas frequentemente enfrentam dificuldades para dormir, como acordar várias vezes ou ter dificuldade para adormecer. Esses problemas podem prejudicar significativamente a saúde do cérebro, afetando a memória e as habilidades de raciocínio, e podem levar a um declínio cognitivo no futuro.

Síndrome de risco motor pode causar problemas cognitivos mais graves, por isso é necessário mais pesquisa. É crucial investigar a conexão entre distúrbios do sono e essa síndrome. Compreender essas relações pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos específicos e estratégias de prevenção.

Falta de sono adequado pode prejudicar o cérebro. Não dormir o suficiente pode aumentar os níveis de hormônios do estresse, como o cortisol, que podem danificar partes do cérebro importantes para a memória e o aprendizado. Aqueles que não dormem bem podem também ter o sono REM interrompido, o que afeta o humor e a capacidade de raciocinar claramente.

Profissionais de saúde devem verificar regularmente a presença de problemas de sono em idosos. Ao tratar essas questões precocemente, é possível ajudar a prevenir o declínio mental. Além de tratamentos médicos, mudanças como melhorar hábitos de sono, praticar exercícios regularmente e gerenciar o estresse podem ser fundamentais.

Estudar o impacto do sono na síndrome de risco motor cognitivo e na saúde do cérebro é crucial. Ao incentivar pesquisas e conscientização nesta área, podemos desenvolver melhores estratégias para que os idosos tenham vidas mais saudáveis.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0000000000210054

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Victoire Leroy, Emmeline Ayers, Dristi Adhikari, Joe Verghese. Association of Sleep Disturbances With Prevalent and Incident Motoric Cognitive Risk Syndrome in Community-Residing Older Adults. Neurology, 2024; 103 (11) DOI: 10.1212/WNL.0000000000210054
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