Resistência dos consumidores freia a inflação nos EUA e alivia o bolso

Tempo de leitura: 2 minutos
Por João Silva
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Uma balança equilibrando inflação e estratégias de consumo.

São PauloConsumidores estão mais atentos aos preços, ajudando a controlar a inflação nos EUA. A inflação está se aproximando da meta de 2% do Federal Reserve, uma boa notícia após um período de altos preços que impactaram os orçamentos das famílias e as opiniões políticas contra a administração Biden-Harris. Em resposta, as empresas estão desacelerando ou diminuindo os preços, já que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais.

Empresas como a Amazon e a Yum Brands perceberam que os clientes estão optando por alternativas mais econômicas. Essa mudança resultou em:

  • Redução dos preços médios de venda
  • Ênfase em opções acessíveis
  • Cortes diretos nos preços de alguns produtos

Cadeias de suprimentos mais eficientes e juros altos ajudam a conter a inflação. A recuperação das cadeias de suprimentos aumentou a disponibilidade de vários produtos. Por sua vez, os juros elevados diminuíram as compras de imóveis, carros e outros itens sensíveis a taxas, reduzindo a demanda e consequentemente a pressão sobre os preços.

Uma grande preocupação atual é se a redução nos gastos dos consumidores vai prejudicar a economia. Os gastos dos consumidores representam mais de dois terços da atividade econômica. Se as pessoas cortarem muito, isso pode ser arriscado para a economia. Informações recentes mostraram algumas inquietações no mercado de ações, mas ele já se recuperou desde então.

Nesta semana, o governo está nos atualizando sobre a inflação e o desempenho dos consumidores americanos. Eles preveem que o índice de preços ao consumidor em julho aumente 3,2%, um pouco menos que os 3,3% de junho e o menor desde abril de 2021. Também compartilharão dados sobre as vendas no varejo do mês passado, as quais devem subir 0,3% em relação a junho, indicando que as pessoas ainda estão gastando, mas com cautela.

Líderes empresariais estão reagindo a consumidores que estão sendo mais cautelosos com seus gastos. Andrew Jassy, CEO da Amazon, afirmou que as pessoas agora estão tentando economizar sempre que possível. David Gibbs, CEO da Yum Brands, também comentou que estão focando mais em oferecer opções acessíveis, pois os clientes estão mais atentos ao orçamento.

Consumidores estão sendo cautelosos com seus gastos, mas ainda compram o suficiente para manter a economia estável. O cenário de preços mudou bastante desde a pandemia. Antes da COVID-19, os preços raramente subiam e os consumidores muitas vezes rejeitavam aumentos. A pandemia causou escassez de mão de obra e de suprimentos, tornando os aumentos de preços mais comuns e aceitos. Agora, os consumidores estão mais seletivos e menos propensos a aceitar preços mais altos sem questionar.

A economista Isabella Weber destacou que as empresas usaram problemas na cadeia de suprimentos como desculpa para aumentar os preços, o que as pessoas aceitaram por um tempo. Agora, o público está menos disposto a pagar mais caro. As pessoas estão questionando os preços elevados, como pagar quase R$50 por uma embalagem de 12 latas de Diet Coke que antes custava R$30. Essa resistência deve ajudar a controlar a inflação.

Empresas Precisam se Adaptar

As empresas devem se ajustar à situação atual. É fundamental encontrar uma forma de manter suas margens de lucro e, ao mesmo tempo, oferecer preços que os consumidores considerem aceitáveis. Essa mudança sugere uma taxa de inflação mais estável no futuro, o que está alinhado com os objetivos do Federal Reserve. Essa tendência, juntamente com o crescente discernimento dos consumidores, pode levar a um futuro econômico mais equilibrado.

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